Ozempic: Fim da Patente - Mercado e Oportunidades
Após a decisão do STF pelo fim da vigência mínima em patentes, a patente do medicamento Ozempic está prevista para 2026, prometendo transformar o mercado farmacêutico, especialmente no segmento de medicamentos para o tratamento de diabetes e controle de peso. Com isso, abre-se a possibilidade de produção de genéricos e biossimilares, o que deve reduzir o preço do medicamento e, consequentemente, ampliar o acesso ao mesmo.
O que isso significa para o mercado?
- Abertura de Concorrência: com a expiração da patente, outras empresas poderão produzir versões genéricas ou biossimilares do Ozempic, aumentando a oferta no mercado. Já na reportagem, ao menos 5 laboratórios demonstraram interesse no medicamento, o que amplia a concorrência, diminui os preços e facilita o acesso ao tratamento para um público maior.
- Oportunidades para Laboratórios Genéricos e Biossimilares: laboratórios que já atuam no mercado de genéricos e biossimilares poderão investir em suas próprias versões do medicamento, aproveitando o potencial de demanda. Esse movimento representa uma oportunidade para expandir o portfólio com um medicamento amplamente conhecido e bem estabelecido, mas agora em uma versão acessível.
- Atenção à Proteção da Marca e do Trade Dress: embora a patente expire, os novos medicamentos deverão criar suas próprias marcas e trade dress, já que Ozempic e a aparência das suas embalagens e aplicadores seguem sendo protegidos. Concorrentes devem evitar qualquer tipo de confusão com o produto referência e garantir que suas versões sejam facilmente diferenciadas pelos consumidores.
Para os consumidores, o principal impacto esperado com o fim da patente do Ozempic é uma redução significativa de preços. Isso é especialmente relevante em um contexto onde os custos dos tratamentos para diabetes e controle de peso são altos e a demanda por soluções mais acessíveis continua a crescer.
A expiração da patente do Ozempic em 2026 marca uma oportunidade estratégica para laboratórios genéricos e biossimilares, ao mesmo tempo em que representa um desafio de adaptação para a Novo Nordisk, atual detentora da patente. Este movimento pode beneficiar tanto os concorrentes, que terão espaço para expandir seus produtos, quanto os consumidores, que poderão encontrar o medicamento a preços mais acessíveis. A concorrência saudável que deve surgir poderá impulsionar a inovação e trazer mais opções ao mercado.
Fonte: Panorama Farmacêutico