Depósitos de marcas por pequenos negócios crescem 33% em dois anos: um passo estratégico rumo à inovação com proteção
Nos últimos dois anos, pequenos negócios brasileiros têm mostrado um interesse crescente na proteção de seus ativos intangíveis. Segundo dados do INPI, os pedidos de registro de marcas feitos por MEIs, MEs e EPPs saltaram de 23.422 (dez/2020) para 31.222 (dez/2024) — um aumento expressivo de 33%. E no caso dos registros de programas de computador, o salto foi ainda maior: de 311 para 617 no mesmo período.
Esse avanço revela um amadurecimento importante no ecossistema empreendedor do país. Pequenas empresas e startups estão compreendendo que proteger a marca e a tecnologia desenvolvida é parte essencial da estratégia de crescimento e diferenciação no mercado.
Um bom exemplo é a deeptech Irrigação Sem Fronteiras, que, com apoio do Sebrae e do programa Catalisa ICT, não só registrou seu software como também entrou com pedido de patente de um método inovador de irrigação com IA. Resultado? Valorização do negócio, aumento do faturamento e potencial de exportação da tecnologia.
A atuação do Sebrae em parceria com o INPI, por meio de programas como Inova Cerrado, Inova Pantanal e Startup Nordeste, tem sido fundamental nesse processo, oferecendo mentorias e capacitação para que mais empreendedores transformem suas ideias em ativos protegidos e com valor de mercado.
E a discussão não poderia vir em melhor hora: no dia 26 de abril celebramos o Dia Mundial da Propriedade Intelectual, com o tema 2025: "PI e a música: sinta o ritmo da PI", destacando como a propriedade intelectual acompanha — e impulsiona — a criatividade em todas as áreas.
A lição é clara: inovar é essencial, mas proteger é estratégico. E cada vez mais, os pequenos negócios brasileiros estão entrando nesse ritmo.
Fonte: SEBRAE