Ozempic: Pressão e Controvérsia
A fabricante do Ozempic, medicamento amplamente utilizado no tratamento de diabetes e perda de peso, está pressionando o governo brasileiro por uma extensão de patente, argumentando que a exclusividade deve ser ampliada para compensar atrasos no processo de autorização de venda no Brasil. Essa movimentação tem gerado debates importantes sobre o equilíbrio entre a proteção da inovação e o acesso a medicamentos mais acessíveis.
Por que a extensão de patente é controversa?
- Impacto nos Genéricos: A extensão do prazo de patente pode atrasar a entrada de medicamentos genéricos no mercado, geralmente mais acessíveis para a população. Isso afeta diretamente a competitividade e o custo dos tratamentos.
- Proteção da Inovação: A empresa argumenta que a extensão é necessária para proteger o investimento significativo feito no desenvolvimento do medicamento. Patentes são fundamentais para garantir o retorno financeiro e incentivar a inovação.
- Acesso vs. Exclusividade: O debate reflete uma questão maior: até que ponto a exclusividade de patentes deve ser mantida quando o interesse público, como o acesso a medicamentos essenciais, está em jogo?
O que está em jogo?
Se aprovada, a extensão pode estabelecer precedentes para outros medicamentos, mas, pelo entendimento do nosso judiciário desde 2021, existe uma limitação do prazo máximo das patentes a 20 anos, contados a partir da data do pedido de registro no INPI e independentemente do prazo para concessão.
Este caso evidencia a necessidade de equilíbrio entre proteger a inovação e garantir o acesso ao mercado competitivo. E você, o que acha dessa disputa? Inovação e acesso podem coexistir?
Fonte:
Diário da Manhã