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No último fim de semana, a final da Copa Libertadores agitou não só o futebol, mas também os bastidores do marketing. A disputa entre Botafogo e Atlético-MG foi palco de uma estratégia controversa: o marketing de emboscada. Prática que pode parecer criativa à primeira vista, ela desafia os limites da ética e do respeito aos investimentos legítimos de patrocinadores.
Sem deter patrocínios oficiais da Libertadores ou dos clubes finalistas, o Burger King utilizou elementos associados ao evento para impulsionar suas campanhas. Entre as ações:
Essa abordagem gerou engajamento nas redes sociais, com muitos consumidores “entrando na brincadeira” sem perceberem que estavam participando de uma ação que ignorava investimentos formais e exclusividades contratuais.
O marketing de emboscada consiste em criar uma associação de marca com um evento ou tema sem o respaldo de uma parceria oficial. Apesar de criativa, essa prática:
Práticas como essas colocam em risco a estrutura que viabiliza grandes competições. O patrocínio oficial não é apenas uma estratégia de visibilidade; é um suporte financeiro essencial para eventos de grande porte. Quando empresas buscam “atalhos” como o marketing de emboscada, elas enfraquecem o modelo que permite o crescimento sustentável do setor esportivo e de entretenimento.
Além disso, do ponto de vista ético, campanhas desse tipo deveriam ser desqualificadas de premiações do mercado publicitário. Reconhecer iniciativas que comprometem a integridade do setor contradiz os valores que deveriam guiar a indústria.
Enquanto consumidores se tornam mais críticos e atentos às práticas de mercado, marcas precisam alinhar suas ações com seus discursos. Atalhos podem gerar impacto no curto prazo, mas corroem a confiança do público e a reputação construída ao longo do tempo.
A recomendação é clara: invista em patrocínios formais. Além de fortalecer eventos, essa escolha conecta marcas de forma autêntica e duradoura com seu público, por meio de emoções genuínas.
Fonte:
Máquina do Esporte