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No cenário literário brasileiro, a recente edição do clássico "Frankenstein" enfrenta controvérsias no Prêmio Jabuti. A Câmara Brasileira do Livro (CBL), entidade responsável pelo prêmio, decidiu desclassificar a obra na categoria de Ilustração devido ao uso de inteligência artificial (IA) na criação das imagens.
O designer Vicente Pessôa, responsável pelas ilustrações, viu seu trabalho ser excluído da competição devido à utilização da ferramenta de IA denominada Midjourney. A CBL justificou a decisão, declarando que as regras da premiação não contemplavam avaliações de obras produzidas com o auxílio de IA. Em comunicado, a organização afirmou que a utilização dessas novas ferramentas será tema de discussão para as próximas edições do prêmio.
A polêmica levanta questões sobre os limites entre a criatividade humana e a intervenção da inteligência artificial no processo artístico. A CBL destaca que a discussão sobre o uso de ferramentas de IA tem sido global, principalmente no que diz respeito aos princípios de defesa dos direitos autorais.
A edição de "Frankenstein", publicada pelo Clube de Literatura Clássica, trazia uma abordagem inovadora ao utilizar a IA Midjourney para as ilustrações. Enquanto isso, Pessôa competia com outros ilustradores renomados, como André Neves, Bruna Ximenes, Cris Eich, Daniel Kondo, Fayga Ostrower, Fran Matsumoto, Letícia Lopes, Odilon Moraes e Rogério Coelho.
Os finalistas de cada categoria do Prêmio Jabuti serão anunciados em 21 de novembro, com a cerimônia de premiação marcada para 5 de dezembro no Theatro Municipal de São Paulo, com transmissão pela internet. A exclusão da edição de "Frankenstein" destaca a necessidade de atualização das regras do prêmio diante dos avanços das tecnologias, especialmente no campo da inteligência artificial.
Fonte:
O Globo