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A Associação Nacional de Jornais (ANJ) levanta preocupações éticas sobre o uso de inteligência artificial (IA) em plataformas de busca. O presidente da ANJ, Marcelo Rech, afirma que empresas de IA devem pedir autorização e remunerar empresas jornalísticas pela utilização de seus conteúdos.
A discussão surge com o lançamento do SGE, novo sistema de busca do Google, que apresenta um texto elaborado pela IA antes de exibir os links dos conteúdos originais, levantando preocupações sobre a redução de tráfego em sites e a disseminação de desinformação.
Rech alertou que o uso indiscriminado de informações jornalísticas sem indicação dos créditos específicos para as fontes originais representa "pirataria no grau mais alto".
Para Rech, a situação atual transforma inadvertidamente todos em agências de notícias gratuitas, alertando para a dificuldade de identificar a origem e os conteúdos pirateados pela IA, que, segundo ele, "reembaralha" informações de diferentes fontes.
Rech ressaltou que a ANJ está participando de alianças internacionais para discutir como conciliar o avanço da IA com o respeito à produção jornalística. A entidade recomenda aos jornais associados que modifiquem os termos de uso dos sites para desautorizar o uso do conteúdo por ferramentas de IA.
A discussão destaca a necessidade de encontrar um equilíbrio entre o avanço tecnológico e o respeito aos direitos autorais, especialmente em um contexto em que a IA desempenha um papel cada vez mais significativo na produção e disseminação de conteúdo.
Fonte:
Época Negócios