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Nos últimos dias, temos visto diversas matérias sobre a marca DIDI sendo registrada por uma empresa chinesa, com a implicação de que Renato Aragão a teria perdido. Independentemente dos direitos de Renato Aragão, é alarmante ver grandes veículos de comunicação divulgando essa notícia sem realmente compreender o contexto.
Neste caso, é crucial destacar que a notícia carece de fundamentação. A empresa chinesa solicitou a marca para atividades que, em teoria, não têm relação alguma com as potenciais áreas de interesse de Renato Aragão.
Independentemente de quem detém os direitos, é importante destacar o princípio da especialidade das marcas. Esse princípio permite que marcas similares e até idênticas coexistam no mercado, desde que sejam usadas em atividades distintas e não causem confusão aos consumidores.
Infelizmente, esse não é um caso isolado. Uma rápida pesquisa na internet revela diversos erros e imprecisões em reportagens que poderiam ser facilmente evitados com um mínimo de pesquisa prévia. Por exemplo, a confusão entre patentes e marcas é comum. Patentes se referem a invenções ou modelos de utilidade, enquanto marcas são sinais distintivos para produtos e serviços. Portanto, não existe o termo patentear marca.
Além disso, há confusão entre patentes e desenhos industriais, este último que protege apenas a forma estética de um objeto, não sua funcionalidade. Algumas reportagens até mencionam "patentes de direitos autorais", o que é completamente incorreto.
Muitos veículos de comunicação têm departamentos jurídicos ou escritórios especializados que poderiam facilmente corrigir esses erros. No entanto, a ânsia por publicar notícias sensacionalistas muitas vezes leva os repórteres a ignorar a importância da pesquisa adequada.
Isso nos leva a questionar quantas informações incorretas já consumimos sem sequer perceber. As fake news não são o único problema da imprensa moderna. É fundamental que jornalistas e veículos de comunicação se esforcem para fornecer informações precisas e confiáveis, buscando sempre a verdade em vez de apenas manchetes impactantes.
#JornalismoResponsável #PrecisãoNaNotícia